Dieta sem Glúten - Tamara Mazaracki

Voltar

Dieta sem Glúten

Muitos benefícios

Falar de glúten está na moda. Abolir o glúten do cardápio também. A mídia tem propagado o resultado espetacular conseguido por atrizes e famosas que estão fazendo a dieta sem glúten. Todas emagrecem rapidamente e se sentem muito bem. Exageros a parte, o glúten representa um grande problema para muitos de nós. Muitos profissionais médicos e nutricionistas ainda acreditam erroneamente que o glúten não faz mal, a não ser para os portadores de doença celíaca – neste caso ele age como um verdadeiro veneno, danificando a parede do intestino e causando uma série de problemas de saúde, como fadiga, má-nutrição, baixa estatura em crianças, perda de peso acentuada, diarréia ou prisão de ventre, gases, anemia, acne, etc.

 

O que é glúten?

O glúten é uma proteína presente no trigo, cevada, centeio e malte. A aveia não contem glúten, mas ela fica contaminada durante o processamento. Esta proteína é que deixa o pão fofinho, ela dá liga e é utilizada no preparo de diversos produtos como iogurtes, chocolates e achocolatados, kani kama, amaciante de carne, temperos, etc. Ela também está presente em algumas bebidas, como a cerveja, vodca e uísque. O glúten é uma proteína de difícil digestão para todas as pessoas. Alguns autores citam que provavelmente todos nós podemos ter algum grau de sensibilidade ao glúten. Comeu pão e inchou a barriga? Está aí um sintoma de sensibilidade a esta proteína.

 

Doença celíaca

Na doença celíaca ocorre dano à parede do intestino, o que ocasiona problemas na absorção de nutrientes, como cálcio, ferro, ácido fólico e vitamina D, acarretando doenças como osteoporose e anemia, bem como uma variedade de sintomas e problemas gastrointestinais. 
Na verdade, o problema está muito mais difundido do que os médicos acreditam. A doença celíaca fora do intestino é 15 vezes mais frequente que a restrita ao intestino: ela atualmente é reconhecida como “síndrome do glúten”, pois pelo menos 192 doenças, tais como asma, doenças auto-imunes como lúpus, doença de Crohn (colite ulcerativa) e artrite reumatóide, dermatites, eczemas, doença de Addison (insuficiência da glândula adrenal), anormalidades no esperma (infertilidade), cálculos renais, vasculite (inflamação de vasos sanguineos), desordens da tireóide, esclerose múltipla, e diversas doenças crônicas, podem ocorrer nos indivíduos intolerantes ou sensíveis ao glúten.

 

Além da doença celíaca, que atinge de 1 a 2% da população, existe outra condição, a sensibilidade ao glúten, e neste caso o raio de ação é muito maior, ela pode atingir até 30% das pessoas, com sintomas diversos que podem variar em gradação, desde queixas amenas até efeitos bem mais sérios. Tudo pode começar com um vago mal-estar, um cansaço indefinido, e o diagnóstico pode demorar a vida toda para ser feito, enquanto isso você vai tomar muitos remédios errados para combater estes sintomas, e a causa e os efeitos vão continuar lá. A sensibilidade ao glúten é uma doença que cria inflamação no corpo, com possíveis consequencias em todos os órgãos, incluindo o cérebro, coração, tireóide, articulações, trato digestivo, pele e outros.

 

Síndrome do glúten, uma doença auto-imune

Segundo um estudo realizado na Nova Zelândia e publicado em 2009, o glúten pode causar sintomas intestinais (como diarréia, constipação, gases, distensão e dor abdominal) na doença celíaca, e também outros sintomas totalmente diversos por sua ação no sistema nervoso: depressão, ansiedade, insônia, enxaquecas, dificuldade de aprendizado, transtorno de déficit de atenção. Nestes casos não existe nenhum dano no intestino, sendo que a ação negativa do glúten se restringe aos danos neurológicos.
Mas tem muito mais. A sensibilidade ao glúten é uma doença auto-imune que pode ter muitas manifestações: além de osteoporose e anemia crônica, temos a doença de Crohn, síndrome do intestino irritável, artrite reumatóide, tireoidite de Hashimoto (inflamação da tireóide), doenças da pele como psoríase e dermatite herpetiforme, doenças do fígado e do coração, fibromialgia, câncer. A nossa dieta é baseada no trigo – pães, cereais, biscoitos, pastelaria, massas – e está contribuindo para fazer milhões de pessoas doentes.

 

Como se trata

Se você sofre de uma condição crônica que não responde à medicamentos, o único tratamento eficaz é eliminar o glúten da dieta. À primeira vista parece muito difícil, mas na verdade é mais fácil do que parece, é só uma questão de se habituar à idéia e se programar. Há muitos especialistas dizendo que cortar o trigo da sua dieta é “extremamente desaconselhável”, porque você vai se privar de nutrientes importantes. Discordo frontalmente, sua dieta vai melhorar e muito. Tem pessoas que consomem glúten em todas as refeições do dia. Em vez de basear a sua alimentação no trigo, onipresente nos pães, biscoitos, massas, pizzas, você vai usar uma gama imensa de outros cereais e assim a qualidade nutricional da sua dieta vai melhorar. Sim, sua qualidade de vida também.

 

Opções sem glúten

Cereais: arroz, milho, pipoca, trigo sarraceno, quinua. 
Farinhas: mandioca, arroz, milho, fubá, fécula de batata, coco, maizena, araruta, polvilho doce e azedo, tapioca.
Massa: de arroz, quinua, milho, soba (trigo sarraceno).
Receitas: existem inúmeras receitas de pães, bolos, biscoitos, massa de pizza, panquecas, suflês, pudins, todos sem glúten.

 

Glúten, a causa de muitas doenças

O sintoma comum da intolerância ao glúten é estar doente: em qualquer tipo de doença esta sensibilidade deve ser considerada. A síndrome do glúten é uma epidemia silenciosa e todas as especialidades médicas deveriam dar mais atenção a esta possibilidade.
Receitas: existem inúmeras receitas de pães, bolos, biscoitos, massa de pizza, panquecas, suflês, pudins, todos sem glúten.

Contato

Av. das Américas 1155, Sl 212, Barra Space Center
Barra da Tijuca – RJ
Tel: (21) 2492-1251
Em que podemos ajudar?